A BBC entrevistou
a presidente da Mozilla Foundation, Mitchell Baker, que comentou sobre o
futuro da empresa e o seu maior problema atualmente: a sobrevivência da
companhia está nas mãos de seu maior concorrente: o Google.
O Chrome vem devorando rapidamente a fatia de mercado que o Firefox
conquistou desde 2002, quando foi lançado. Na época, o navegador da
Raposa era o único concorrente do Internet Explorer que, por possuir
muitas falhas de segurança, acabou cedendo espaço ao competidor.
Cerca de meio bilhão de pessoas utilizam o Firefox diariamente.
Muitas delas, inclusive, ajudaram a levar o navegador ao que ele é hoje:
um dos maiores projetos de código aberto da internet. Esse número é
interessante para o Google, que garante seu buscador como ferramenta de
busca padrão em troca de uma pequena pilha de dinheiro.
Aí é que o problema começa a tomar forma: esse patrocínio representa
cerca de 85% de toda a renda da Fundação Mozilla. Do ponto de vista
gerencial, isso é extremamente perigoso, pois uma empresa não pode
sobreviver dependendo de apenas um cliente.
A presidente da Mozilla Foundation, Mitchell Baker, admite: “Se por
alguma razão o acordo com o Google não for renovado, será bastante
difícil. Nós temos uma grande reserva de dinheiro em caixa e gerenciamos
isso de maneira que possamos ter um longo período para ajustar as
contas, mas essa não é uma situação que gostaríamos de enfrentar”.
Mas por qual motivo o gigante das buscas poderia encerrar essa
parceria? Simples, o Firefox não tem mais a mesma popularidade de antes,
pois o Chrome está aos poucos tomando o mercado que a Raposa conquistou
ao longo dos anos.
Winifred Mitchell Baker, presidente da Mozilla Foundation. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia)
Em novembro de 2011, depois de dúvidas e discussões, o Google decidiu
renovar o seu contrato com a Mozilla. O valor do acordo não foi
divulgado, portanto, ainda não é possível saber se o gigante das buscas
diminuiu ou não a sua cota de patrocínio.
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